Atlas Linguístico do Paraná (ALPR)

Quinto atlas lingüístico do país, o ALPR foi levado a efeito como Tese de Doutoramento da Professora Vanderci de Andrade Aguilera, pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), apresentada em novembro de 1990. Tal atlas apresenta como objetivo, além da documentação cartográfica da variação lexical e da variação fonética e a delimitação de isoglossas, a organização de um glossário, no qual se registra "todo vocabulário cuja forma e/ou sentido" não pertence "ao vocabulário ativo de um falante da norma padrão urbana". O questionário aplicado foi, basicamente, o mesmo do Projeto da Atlas Lingüístico do Estado de São Paulo (ALESP), contendo 325 questões e abrangendo os campos semânticos de TERRA e HOMEM, subdivididos em: TERRA: (a) natureza, fenômenos atmosféricos, astros, tempo; (b) flora; (c) plantas medicinais; (d) fauna;

HOMEM: (a) partes do corpo, funções, doenças; (b) vestuário e calçados; (c) agricultura, instrumentos agrícolas; (d) brinquedos, jogos infantis; (e) lendas e superstições. A seleção das localidades para a rede de pontos partiu, inicialmente, da proposta de Nascentes para o atlas nacional, que continha 24 pontos para o Estado do Paraná. A tais localidades foram acrescentadas outras 41, totalizando 65 localidades, que contemplavam todas as 24 microrregiões fisiográficas paranaenses.Os informantes têm entre 27 e 62 anos, tendo sua escolaridade variando entre analfabetos e de primário completo.

COLABORADORES: Ivone Alves de Lima; Rita de Cássia Paulino; Elaine Cristina Fabris.

Referência: AGUILERA, Vanderci de Andrade. Atlas Lingüístico do Paraná. Curitiba: Imprensa Oficial do Estado, 1994.

Ano: 
1994